Saliva de cachorro transmite doença? Essa é uma questão que, pelo senso comum, divide opiniões. Uns dizem que os “lambeijos” do animal são altamente perigosos à saúde. Outros afirmam que nós, humanos, somos resistentes às bactérias do cachorro e que por isso elas não representam perigo.

Bons, mas isso é o que nós pensamos, e muitas vezes baseados em “ouvi falar”. Se você tem dúvidas sobre o real perigo das lambidas dos cães, atenção! A São Pedro Pet Food vai esclarecer essa questão de uma vez por todas. Confira!

Uma expressão de carinho e afeto

Que os cães são naturalmente afetuosos, todo mundo sabe. O rabo abanando, os pulos de alegria e as lambidas são consideradas expressões de amor. Esse tipo de contato entre os bichos e seus donos é mesmo muito bonito.

Mas nessa relação a questão primordial é a saúde, concorda? Assim como os humanos, os animais também carregam parasitas, vírus e bactérias. Portanto, são suscetíveis à infecções e doenças dos mais diversos tipos.

Por isso, é fundamental que os cães, considerados integrantes da família, sejam vacinados e passem por consultas periódicas com o veterinário.

Bactérias presentes na saliva dos cães

O geneticista e bacteriologista Floyd Dewhirst, da Universidade de Harvard, afirma que um cachorro possui em média 400 espécies de bactérias na boca. O número assusta, mas nos humanos esse número pode subir para 500.

Contudo, é importante ressaltar que as bactérias dos humanos são diferentes das do animal. Na verdade, cerca de 15% das espécies encontradas na saliva do cachorro “vivem” também na nossa boca.

Isso quer dizer que as lambidas podem representar um problema, já que o organismo humano tem dificuldade em lidar com bactérias desconhecidas. Dessa forma, os riscos de contrair doenças são altos.

Mas calma! Isso depende do tipo de contato com o animal, sobre o qual falaremos melhor mais adiante.

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O perigo das bactérias

As bactérias variam de indivíduo para indivíduo, o que quer dizer que existem riscos de um ser humano adquirir alguma doença proveniente do cachorro. Entre as bactérias mais comuns estão:

• Pasteurella multocida, associada à meningite;
• Capnocytophaga canimorsus, associada à septicemia,
• Salmonella typhi, associada à salmonelose.

Mesmo sendo potencialmente perigosas à saúde humana, essas bactérias podem não causar problema. Mas como assim?

Quando a lambida do animal é dada na epiderme, ou seja, nas peles grossas do corpo, elas dificilmente são absorvidas pelo nosso organismo. No entanto, é sempre bom ter em mente que saliva do cão transmite doença e que o cuidado deve ser redobrado quando o contato foi feito pela mordida de cachorro, e não por lambida

Doenças com potencial de morte

Por mais que sejam raros os relatos de morte por doenças associadas às lambidas de cachorro, elas podem ocorrer. Entre as bactérias mais perigosas está a Capnocytophaga canimorsus, presente na saliva de cães e gatos saudáveis.

Quando introduzida no corpo humano pela lambida, pode levar a quadros de septicemia. Em geral, as barreiras da pele são suficientes para evitar uma infecção generalizada. Mas ainda assim é possível adoecer pelo contato com a bactéria.

Alguns casos registrados são de amputações de membros (para conter a infecção) e até mesmo a morte.

Afinal, saliva de cachorro transmite doença ou não?

Como você viu até aqui, os riscos são claros, mesmo quando o animal é vacinado. Isso se explica pela forma com que as bactérias podem entrar no organismo humano.

As lambidas, aparentemente inofensivas, representam perigo quando em contato com as nossas mucosas: olhos, boca e nariz. As infecções podem ocorrer também caso a lambida seja dada em feridas expostas.

Aquela conversa de que as lambidas do cachorro na ferida aceleram a cicatrização é puro mito. Pelo menos para os humanos, esse contato pode prejudicar ainda mais. Existem casos de amputação por infecção generalizada em humanos.

Como evitar doenças causadas pelo animal?

• Não permita lambeijos em regiões de mucosas, como olhos, boca e nariz;
• Jamais deixe uma ferida exposta às lambidas de cachorro;
• Caso receba uma lambida na ferida, lave a área com água e sabão;
• Lave bem as mãos depois de brincar com o cachorro;
• Respeite o calendário de vacinação e de vermifugação do pet,
• Leve seu amigo ao veterinário ao menos uma vez por ano.

Agora que você já sabe que saliva de cachorro transmite doença, evite lambidas nas regiões mais suscetíveis do seu corpo. Não deixe de levar o seu animal periodicamente ao veterinário para checar a saúde. Leia mais conteúdos do nosso blog: Infecção alimentar: como ajudar seu gato ou cachorro nesse caso?